A mandata coletiva das Juntas Codeputadas (PSOL/PE) anunciou sua pré-candidatura a reeleição, pela continuação do trabalho legislativo feminista antirracista. As Juntas são a primeira mandata coletiva de Pernambuco, atuando na Assembleia Legislativa de Pernambuco com uma forte articulação com os movimentos sociais do estado.
A mandata, que continuará com o formato coletivo, terá em 2022 uma pré-candidatura composta pelas codeputadas Joelma Carla, Katia Cunha e Jo Cavalcanti, que atualmente é o nome que assina institucionalmente a mandata.
“Colocamos a mandata à disposição do partido para continuar o grande trabalho que vem sendo feito nesses últimos quatro anos, junto aos movimentos sociais, os movimentos de mulheres, LGBTQIA+, juventudes, povos indígenas, quilombolas e tantos outros que construíram política conosco dentro da Assembleia Legislativa de Pernambuco”, afirmam as codeputadas. “É um trabalho árduo e necessário para que a participação popular seja de fato uma realidade no nosso estado”, completam.
As Juntas anunciaram, também, que esse ano vão seguir ampliando o projeto de construção de candidaturas feministas pelo estado de Pernambuco. As codeputadas Robeyoncé Lima e Carol Vergolino vão assumir a missão de disputar o legislativo federal, com o foco em construir pré-candidaturas feministas. “Nós precisamos expandir as vozes de mulheres diversas. Vamos trabalhar para eleger as primeiras deputadas federais feministas, a primeira deputada federal trans, do estado de Pernambuco”, ressaltam.
Sobre as Juntas
Eleitas pelo PSOL com 39.175 votos, as Juntas Codeputadas formam a primeira mandata coletiva e feminista a ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A mandata coletiva é uma experiência política inovadora. É a ideia de coletividade, que vai de encontro à ideia velha e antiga de individualismo na política, trazendo o senso de coletividade na participação política.
Uma participação política de pessoas diversas, de diferentes raças, gêneros, classes sociais. De diversidade nesses espaços, que ainda hoje são majoritariamente brancos, misóginos e machistas. Usamos o termo ‘Mandata’ como uma reivindicação e desobediência à uma gramática misógina que coloca o masculino numa posição de privilégio hierarquizado, para demarcar a referência feminista e para provocar a sociedade a refletir sobre a baixa presença de mulheres nos espaços políticos.
Isonomia, diálogo, horizontalidade e transparência são princípios que norteiam as relações e práticas entre as codeputadas e equipe. A presença das Juntas na Alepe simboliza uma mudança estético-política que ainda está em curso.